Outras Notícias

A velha Televisão pesada de quatro pernas

28 de maio de 2020 17:300 comentários
A velha Televisão pesada  de quatro pernas

Quando mudamos para Guaxupé, acreditando que a vida seria maravilhosa, pois na cidade, tomaríamos banho quente, a água sairia da parede de um negócio chamado torneira, lá deparamos com a atual realidade, que não era nada daquilo que acreditávamos.

Lá se não trabalhasse não tinha comida. Mas trabalhar era fácil! O difícil era o emprego e meu pai ficou bom tempo desempregado.

Nessa época, o povo já tinha televisão, mas devido nosso estado de miséria, a gente via televisão era na casa do vizinho.

Nós morávamos em um cortiço, próximo ao Clube Operário, nessa época quando era mais ou menos 6 horas da tarde, já estava todo mundo de banho tomado e jantado para ir à casa do vizinho assistir televisão.

Não me lembro de nada que passava na novela, a única coisa que recordo é que minha mãe nem piscava assistindo uma novela, que se chamava Coração Alado.

O tempo foi passando, as coisas foram melhorando, as novelas foram mudando, o progresso chegando. O povo melhor de situação foi trocando as TVs e aquelas pretas e brancas começaram a serem descartadas.
Nessa época, não recordo se meu pai ganhou ou comprou parcelada uma linda TV, era enorme, muito pesada e tinha quatro pernas. “… Nossa! Que felicidade! Íamos ter uma televisão!…”.

Então meu pai, cuidadosamente montou aquela TV na sala, que na verdade era o nosso quarto e colocou um transformador. Cuidadosamente virou a chave daquele transformador umas duas ou três vezes e ligou a TV.

A TV começou a esquentar, fazer um barulho estranho e lá no centro da tela, começou a sair uma luz e foi aumentando. Nós, muito ansiosos, fomos olhando aquilo e esperando, aquela sensação maravilhosa em realizar o sonho da TV.

Não passou 20 minutos e a TV, já começou a mostrar uma imagem. Meu pai virava a antena, torcia alguns botões e logo, não passou nem uma hora, já estávamos assistindo nossas primeiras imagens.

Enfim, não me envergonho com essa história, nem me sinto inferior, nem ao menos valorizado por isso. Apenas aprendi nessa parte de minha vida, que não importa se a TV do vizinho é linda, colorida e a sua é preta e branca, pesada, de quatro pernas que demora uma hora para ligar.

O que importa é que aquela TV é a sua TV, e a do vizinho é do vizinho, então valorize tudo que você tem, seja humilde, seja simples, valorize as pequenas coisas que circulam sua vida, dinheiro é bom! Sim, é ótimo! Para compra um arroz um feijão e mais alguma coisa para sobrevivermos.

A felicidade não vem do dinheiro e sim de você mesmo! Felicidade é determinação! Felicidade é valorizar cada fase de sua vida, cada pessoa que te circula, viver cada vitória, agradecer e aprender com seus fracassos.

O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você tem, por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado, sempre!

31274dc2c57275f66ca714020494fe93

(It’s A Heartache ) Sim é verdade! Vamos para Guaxupé!

26 de maio de 2020 18:040 comentários
Foto ilustrativa

Talvez minha mãe não recorde, vivíamos isolados na roça, para quem conhece o bairro Bom Retiro em Muzambinho, morava logo abaixo da venda do João do Zico, que hoje é o Paraíso, tudo asfaltado, todo mundo tem seu carro, energia elétrica, até internet tem.

Mas na minha época era sinistro! Não tinha energia, não tinha vizinhos, não tinha nada, nem comida direito nós tínhamos como disse em artigos anteriores, nossa riqueza realmente um era o radinho de pilha.

Meu pai uma vez saiu de casa e disse que ia arrumar uma casa na cidade, num lugar chamado Guaxupé!

Nossa! Eu tinha apenas quatro anos de idade, mas recordo perfeitamente eu sonhando com o tal Guaxupé, vendo carros, vendo pessoas, como seria bom! E criei em minha mente um verdadeiro cenário do que seria Guaxupé.

Lembro-me perfeitamente, o dia que apontou um caminhão, na velha estradinha de terra que dava acesso a minha casa, era a o caminhão da nossa mudança para Guaxupé.

Nossa! Era o sonho que ia realizar, eu não ia poder ver muitas pessoas, lá não precisava de lamparina, pois tinha um negócio chamado energia elétrica que acendia a luz, que também não precisava nem de fogo, nem querosene, para acender a luz. Lá também saia água da parede em um negócio chamado torneira. E não precisaria nem ir ao fundo do terreiro tomar água no cano da mina.

Eu estava me sentido como se estivesse em um barco perdido em um mar, que aquele caminhão seria o resgate que estava chegando, enfim o sonho ia se realizar.

E quando meu pai arrumava a mudança, mais ou menos uns 500 metros de minha casa morava meu avô, o finado “Zé Arve Taxista de Muzambinho” e meu tio Reginaldo, feliz! Ligou seu radinho de pilha que era melhor que o nosso e aumentou muito o som, e tocava a musica It’s A Heartache com a cantora internacional Bonnie Tyler, e para expressar mais ainda sua alegria ao nos ver mudando, ele começou a cantar a musica.

Na hora me bateu uma profunda tristeza, que ia deixar tudo aquilo, ia deixar minha vida, minhas raízes, mas ao mesmo tempo brotou uma alegria, pois iríamos mudar para Guaxupé! Lugar onde saia água da parede e não precisava de lamparina.
Mas aprendi com a vida que para fritar um ovo, antes temos que quebrar, e ali estava quebrando o ovo para começar o bolo e uma nova fase em minha vida iria iniciar, essa fase teria um nome, que era Guaxupé.

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Eli Correa! Esse nunca me passou medo

Eli Correa! Esse nunca me passou medo

Com eu era criança e já estava acostumado ouvir as histórias de homicídio, latrocínio, roubo, estupro, que eram narradas de forma macabra pelo repórter Gil Gomes. (mais…)

Eu tinha medo do Gil Gomes

Eu tinha medo  do Gil Gomes

Nossa! Que medo! Lembro quando menino, minha mãe sintonizava o velho radinho de pilha no programa Gil Gomes. Era uma voz muito feia, horrível, parecia meio macabra, uma voz que parecia vir do além. (mais…)

Aprendi com a corrida que a vida é um desafio

24 de maio de 2020 16:450 comentários
Aprendi com a corrida que  a vida é um desafio

Como estamos em época de pandemia e esse espaço sobre corridas, ficou meio parado, resolvi escrever um pouco sobre a uma corrida que participei, foi na corrida da Unimed que minha vida esportiva começou a mudar. (mais…)

Primeira corrida longa fora da cidade

22 de maio de 2020 16:430 comentários
Primeira corrida longa fora da cidade

“Parte do treinamento de um corredor consiste em expandir os limites da mente”

Eu e minha esposa Dara, sempre querendo desafiar a nós mesmo, marcamos nossa primeira corrida longa fora da cidade, foi no dia 15/07/2018.

Nós estávamos acostumados a correr dentro da cidade, na Avenida Felipe Elias Zeitune que corta Guaxupé e Avenida Conde Ribeiro de Valle . E como pontos de hidratação, usávamos sempre os postos de combustíveis que existe nessas Avenidas.

Esse dia seria um grande obstáculo, pois teríamos de começar a carregar mochilas de hidratação, teríamos de levar nossa própria água. Então só esse fator psicológico, já afetava e provocava tensão.
Foi uma corrida espetacular, fizemos 21 km de Guaxupé até o trevo da Santa Cruz da Prata, ida e volta, totalizou 21 km ( meia maratona).

Como na época, estávamos muito bem preparados, fizemos um ritmo ótimo. Fizemos os 21 km em 01 hora e 40, conseguimos manter um ritmo de 04:45 min/Km, com velocidade de 12,60 km/h.

Foi uma corrida excelente, pois o trajeto tem muito morro e ainda carregando 02 litros de água cada um.
Porém quando chegamos a Guaxupé, sentamos na Praça da Mogiana, com muita sede, pois a água já havia acabado as pernas travaram. Pois era uma corrida diferente! A tensão atrapalhou muito e quando chegamos que a tensão passou, aí veio o cansaço.

Ao lado, tinha um rapaz vendendo umas mexericas, que era a coisa mais linda do mundo, a Dara foi lá, e humildemente pediu 2 mexericas emprestadas. Veja bem, ela disse para o homem, que quando chegássemos a nossa casa, pegaríamos o dinheiro e voltaríamos lá para comprar um pacote, que de imediato já devolveria as duas mexericas que havia pega emprestada. Acho que colou, pois o homem emprestou.

Para chegar a nossa casa, ainda faltava 2 km e meio pela Avenida Felipe Elias Zeitune, nossa! Mesmo caminhando, pois já havíamos completado nossa corrida, foi muito sofrido, esse foi o início de nossa insanidade.

pratat2017024

 

pratat2017019

Essa corrida foi top! Desafio em Muzambinho

Essa corrida foi top! Desafio em Muzambinho

Nesse dia, nós estávamos “foda”, foi no dia 10/03/2019, acabávamos de pegar a camiseta do grupo que havíamos criado, chamado “Skull Runners “ que significa corredores caveira, na criação desse nome, antes houve um estudo e chegamos a conclusão que éramos caveira! (mais…)

De Guaxupé a Juruaia foi um grande desafio

21 de maio de 2020 15:390 comentários
De Guaxupé a Juruaia foi um grande desafio

Eu e minha esposa Dara, estávamos iniciando as corridas, um pouco mais longas. Então no dia 28 de Outubro de 2018, decidimos ir até Juruaia pelo caminho de terra.

Saímos de Guaxupé. Fomos até a Fazenda do Milton Neves e seguimos sentido a Fazenda Jacuba, Fazenda Roseira, saímos no bairro Corobós e chegamos até Juruaia.

Foram 25 km de corrida, muitos desafios, muito morro, quando chegamos em Juruaia, o corpo já não respondia mais, estávamos derretendo de tanto suor, a única coisa que restou foi ligar em Guaxupé e pedir para meu amigo, “ Marquinhos”, buscar a gente lá em Juruaia.

Nesse dia aprendi com a corrida que na vida, que quanto maiores são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação.

juruaia005

juruaia007

juruaia013

juruaia026

juruaia027

juruaia029

juruaia034

juruaia040

juruaia039

juruaia014

Treino desafio do Jequitibá

Treino desafio do Jequitibá

No dia 03 de Maio , eu minha esposa Dara e meu filho Bruno, fizemos uma corrida que foi um grande desafio, corremos até o histórico Jequitibá da Fazenda da Barra, que fica localizado próximo a divisas de Minas e São Paulo.

De Guaxupé até a árvore, o caminho de ida e volta, foi de 30 km. Porém o desafio não foi nem a distância e sim o caminho, que incluiu muito morro, terra arada, buracos, obstáculo e mais ou menos 1 km na trilha da mata até chegar no local. (mais…)

Senhor Pedro da rodoviária de Muzambinho

19 de maio de 2020 09:430 comentários
Senhor Pedro da rodoviária de Muzambinho

Morava no Bairro Bom Retiro em Muzambinho, mudei para Guaxupé aos 04 anos de idade, morei até os 9 anos, aos 9 anos retornamos para roça e morei novamente até 10 anos de idade.

Então nessa época, quando ia visitar minha avó materna , ( Mariana do Zé Procópio ), nós íamos até o mercado municipal de Guaxupé, que na época era a rodoviária, pegávamos o ônibus, que era um ônibus muito feio, barulhento, as vez quebrava no caminho, e íamos para Muzambinho. (mais…)