Eli Correa! Esse nunca me passou medo
Com eu era criança e já estava acostumado ouvir as histórias de homicídio, latrocínio, roubo, estupro, que eram narradas de forma macabra pelo repórter Gil Gomes.
Ouvir as histórias no Eli Correa, por mais macabras que era, já não me assustava, pois o suspense oferecido por ele em suas narrações, não me afetava.
Mais mesmo assim, não posso deixar de citar, que as histórias de Eli Correa, eram tristes. E nelas pude notar, que não despertavam na gente um sentimento de medo, de suspense e sim de tristeza, faziam a gente valorizar mais a família, pois em suas histórias tristes, ele mexia com o psicológico das pessoas.
E eu, lá no meio daquele mato, onde nossa casa era uma casa com poucas paredes e não tinha sequer piso, nossa riqueza era o velho fogão de lenha, que além de servir para fazer a nossa comida, servia para nos aquecer no inverno. Outra grande riqueza era a água, que além de matar a sede, servia para tomar banho e nos revigorar para o outro dia.
Fora essas riquezas, a terceira maior riqueza era o velho radinho de pilha e o crucifixo pregado na parede.
O velho radinho de pilha, que era como nossa família, ele nos orientava, alegrava nosso dia com musicas. Já o crucifixo pregado na parede fui ensinado a não fazer nada de errado, pois ELE estava vendo.
E dentro dessa riqueza, como já disse em outros artigos, me recorda muito, não das musicas e sim dos radialistas, Zé Béttio, João Dureza, Gil Gomes e esse tão famoso Eli Correa, que apesar de não me assustar com suas histórias, recordo perfeitamente de sua voz no rádio, sempre contando umas histórias diferente, algumas triste, outras românticas.